sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Delfim Manuel, um contador de histórias


Um grupo de alunos da nossa Escola foi visitar a oficina do artesão Delfim Manuel. Ao vê-lo fazer um boneco, para uma nova exposição que terá em breve, aprendemos que, habitualmente, o nariz é do tamanho da orelha, que a mão é do tamanho da cara e que os três dedos do meio da nossa mão são da largura do pulso. Descobrimos que um dos segredos para trabalhar bem o barro é ter os dedos sempre húmidos. 
Este oleiro recebeu-nos de uma forma tão simpática que até nos contou histórias da vida dele. Ficamos a saber que começou a trabalhar no barro com apenas dez anos de idade. Foi o criador da Confraria do Caco, que o levou a organizar exposições, em sua casa e na Câmara Municipal de Santo Tirso, com a participação de vários artesãos do nosso país e também estrangeiros. Para além disso, também já organizou fins-de-semana dedicados à gastronomia da nossa região.
Na sua oficina, vimos ainda uma senhora a pintar os bonecos feitos por este artesão. Fazia esse trabalho com muita perfeição e era muito colorido.
Questionado se gostaria de ter outra profissão, foi firme a responder que não se imaginava a fazer outra coisa, não vivia do barro, mas para o barro. Aliás, confidenciou que todos os dias tem de tocar no barro. Amando o barro, sempre que faz escultura muito grandes tem de cortá-las, de modo a que caibam no forno e os bonecos são postos depois. Já fez um trabalho com mais de 250 bonecos, nem consegue contá-los a todos.
Isabel Machado e Juliana, Consolidação

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